segunda-feira, 20 de junho de 2011

DOCUMENTAÇÃO DO TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

Em toda operação de transporte os seguintes documentos são de porte obrigatório:
  • habilitação do motorista;
  •  certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos
  • envelope de transporte contendo: notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência.
Além disso deve possuir o kit emergencial composto de cones de sinalização, lanternas, placas, calços, fita, caixa de ferramentas, entre outros.


ÁCIDO SULFÚRICO

INFORMAÇÕES INICIAIS
Sinônimos: Óleo de vitríolo, sulfato de hidrogênio. 
Fórmula H2SO4 
Descrição: Líquido incolor,  viscoso,  de  odor  acre  e  penetrante.  Com  o  calor  forma névoas irritantes. Solúvel em álcool etílico.


Classificação e  Simbologia de Risco:         
Corrosivo 

PROPRIEDADES FÍSICAS
Ponto de Fusão: 10,31ºC      
Pressão de Vapor: 72,8 mmHg    
Densidade do Vapor: 3,4
Ponto de Ebulição: 337ºC    
Massa Específica: 1,84g/cm 3
 Solubilidade:solúvel em H 2 O

RISCO DE  INCÊNDIO
Baixo.   Líquido   não   inflamável,   mas   altamente   reativo.   Reage   com
materiais orgânicos podendo causar incêndio.

RISCO DE EXPLOSÃO
Moderado.  O  contato  com  a  maioria  dos  metais  provoca  liberação  de
hidrogênio que é altamente inflamável.

RISCO DE DESASTRE
Baixo.  A temperaturas elevadas pode ocorrer decomposição com emissão
de gases tóxicos.

COMBATE A INCÊNDIO
Usar pó químico, espuma, dióxido de carbono ou água somente nos materiais combustíveis em volta.

INCOMPATIBILIDADE      
Calor,  água,  material  orgânico,  bases,  oxidantes  fortes  e metais.

PRODUTOS  PERIGOSOS DA DECOMPOSIÇÃO
Trióxido de enxofre.

REAÇÕES PERIGOSAS       
Ocorrem com materiais orgânicos, etc.

INALAÇÃO        
Causa irritação nas vias respiratórias.


CONTATO-OLHOS
Alto.  Causa lesões na córnea e possível cegueira.


CONTATO-PELE
Alto. Causa queimaduras graves.

INGESTÃO        
Muito alto. Pode ser fatal se ingerido.

PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS

INALAÇÃO: Remover para  local  arejado.  Se  respirar  com dificuldade,  fornecer oxigênio. Se cessar a respiração, aplicar respiração boca a boca.

CONTATO-OLHOS: Lavar imediatamente com muita água por, pelo menos, 15 minutos.

CONTATO-PELE: Lavar imediatamente com muita água por, pelo menos, 15 minutos.

INGESTÃO: Não provocar vômito, dando à vítima bastante água.


EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL  

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Máscara  Respiratória.

PROTEÇÃO DOS OLHOS
Óculos de segurança.

PROTEÇÃO DAS MÃOS
Luvas  de  látex  ou neoprene.

OUTROS
 Avental de laboratório.

MANUSEIO E ARMAZENAGEM
    Evitar contato prolongado do produto com a pele e os olhos.
    Para diluí-lo, derrama-lo lentamente e sob agitação na água.
    Manter o recipiente em local seco e fresco.

PROCEDIMENTO EM DERRAMES - VAZAMENTOS
    Não utilizar água diretamente sobre o produto.
    Absorver em material apropriado.
    Não dispor em rios, canalizações, esgotos ou mananciais.
    Isolar a área.          
             

AMÔNIA

Produto:            Amônia, anidra
Número da ONU:      1005
Classe de risco:          2.3 – gases tóxicos
Risco subsidiário:      8 – substância corrosiva
Número de risco:       268


Descrição

A amônia, à temperatura ambiente e pressão atmosférica,  é  um  gás  tóxico,  corrosivo  na presença  de  umidade,  inflamável,  incolor,  com  odor  muito  irritante  e  altamente  solúvel  em água. É envasada e transportada em cilindros de aço como um gás liquefeito sob sua própria pressão de vapor, 7,87 bar a 21.1 ºC.

Aplicações
Amônia é um produto muito versátil e possui uma grande quantidade de aplicações, como estas:
Amônia é muito utilizada, como agente refrigerante, em unidades de refrigeração industrial; na preparação de fertilizantes como nitrato de amônia, sais de amônia e uréia além de fertilizantes contendo superfosfatos e nitrogenantes que são soluções de amônia e nitrato de amônia.
A indústria petroquímica utiliza amônia anidra para neutralização de ácidos constituintes de óleo puro para proteger da corrosão equipamentos tais como: borbulhadores, pratos de torres de destilação, trocadores de calor, condensadores e tanques de armazenamento.
Também pode ser usada na extração de metais como cobre, níquel e molibdênio de seus minérios.
Além de ser participante em um dos processos de fabricação de ácido nítrico, a partir de sua oxidação para óxido nítrico o qual posteriormente, é convertido em dióxido de nitrogênio para finalmente fornecer ácido nítrico (Processo Otswald);  A amônia é utilizada como fonte de nitrogênio na fabricação de explosivos tanto industriais como militares.    
Pequenas quantidades de amônia são utilizadas na preparação de misturas padrão para calibração e ajuste de instrumentos de medição para controle ambiental.



Efeitos sobre o homem e toxicidade

A amônia é um gás tóxico e corrosivo na presença de umidade, agindo principalmente no sistema respiratório, exercendo uma ação corrosiva e causando grande irritação.  Sua inalação causa tosse, dificuldades respiratórias, inflamação aguda do sistema respiratório, edema pulmonar, formação de catarro, secreção de saliva e retenção de urina.  Sua presença no ar causa irritação nos olhos imediatamente.
Caso amônia líquida seja engolida, ela causará uma corrosão severa da boca, garganta e estômago. 
A exposição a altas concentrações do gás podem causar queimadura nos olhos e cegueira temporária. O contato direto dos olhos com amônia líqüida causará queimaduras muito serias nos olhos. E ao contatar a pele, dependendo da intensidade, poderá causar irritação ou queimaduras. 


Primeiros socorros

Remova a vítima imediatamente para um lugar descontaminado de preferência ao ar livre. 
Caso a pessoa esteja apresentando dificuldade respiratória pode ser administrado oxigênio.
Caso a pessoa apresente perda de consciência e parada respiratória, é necessário fazer respiração boca a boca seguida de administração de oxigênio.
Caso haja parada cardíaca, massagem cardíaca simultaneamente a respiração artificial será necessária, fazendo-se 5 massagens cardíacas e uma respiração alternadamente. Em qualquer caso chame imediatamente um médico ou socorro especializado. 
Caso as roupas da pessoa estejam contaminadas com amônia, elas devem ser removidas imediatamente e todas as áreas da pele afetadas devem ser lavadas com água em abundância. 
Caso haja suspeita que a pessoa tenha engolido amônia, ela deve beber grandes quantidades de limonada e ser imediatamente encaminhada ao médico.


Precauções no Manuseio e Estocagem

Os cilindros de amônia devem ser estocados em área bem ventilada, longe de calor e de todos tipos de chamas abertas e faíscas. Não usar amônia nas proximidades de motores, instalações elétricas abertas ou de quaisquer outros equipamentos que possam produzir faíscas.
Não estocar cilindros de amônia com cilindros contendo oxigênio, cloro, quaisquer outros oxidantes ou juntamente a outros materiais inflamáveis. Prenda adequadamente os cilindros para evitar queda. Caso seja necessário ter instalações elétricas na área de estocagem, por exemplo: iluminação, esta deve ser à prova de explosão, somente um especialista pode monta-las de forma segura.  
Todas as pessoas envolvidas no manuseio de amônia, devem dispor de equipamentos de proteção individual (EPIs), tais como: máscaras panorâmicas contra vapores alcalinos, máscaras de fuga, luvas de borracha ou plástico, óculos de segurança para produtos químicos, aventais de borracha ou plástico e sapatos compatíveis com o produto.
 Por se tratar de um produto inflamável, todas as tubulações e equipamentos devem ser aterrados.  Os equipamentos devem ainda ser providos de válvulas unidirecionais para prevenir o retorno de líquidos pela tubulação e a possibilidade de reações violentas com o produto dentro do cilindro. 
Na área de manuseio do produto, devem ser instalados lava olhos e chuveiros de emergência.
Os cilindros de amônia nunca devem ser diretamente aquecidos por chamas ou vapor.  Caso o ácido entre em contato com umidade pode ocasionar corrosão.
O aquecimento sem controle do cilindro pode causar uma expansão do líquido e dependendo das condições a explosão do mesmo.
Caso seja necessário a utilização de amônia em ambiente confinado, o cilindro deve ser instalado dentro de uma cabina especial com um sistema de exaustão, purga com nitrogênio e de neutralização dos gases residuais. 


Informações para transporte

Não transportar gases a granel ou em cilindros, a menos que estejam altamente familiarizados com as exigências mencionadas e possuam os equipamentos e
recursos necessários.
O transporte da amônia em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-los em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja transportando. O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo e porte de veículo que esteja sendo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de “transporte de produtos perigosos” ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido. 

Detecção de Vazamento

Devido à toxicidade e corrosividade da amônia, todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc., que se destinem à com ele ser utilizados devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Três métodos de teste ordenados são apresentados a seguir:

1.  Pressurizar o sistema com hélio industrial e testar todas as conexões com um
detector de vazamento de hélio, normalmente um espectrômetro de massa. Este
teste necessita ser realizado por um especialista, porém, dá excelentes resultados
e o sistema se torna altamente confiável. 

2.  Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em
nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica.
Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá
resultados muito satisfatórios e o sistema se torna confiável. 

3.  Pressurizar o sistema com nitrogênio e testar todas as conexões e pontos
suspeitos com uma mistura de água e detergente. Este teste pode ser feito por
quase qualquer pessoa, porém os resultados podem não ser os mais seguros e
pequenos vazamentos podem não ser detectados. Por se tratar de equipamento
que será utilizado com gás tóxico e corrosivo na presença de umidade este
método não é o mais recomendado. Após a detecção e correção dos vazamentos,
é imprescindível a secagem dos equipamentos através da passagem de
nitrogênio seco por seu interior, até haver plena certeza que toda a umidade
residual tenha sido eliminada.  


SIMBOLOGIA

Gás tóxico
Corrosivo

CLORO (Cl)



IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Nome do produto: Cloro Gás
Nome Químico: Cloro
Sinônimos: Cloro Gás, Cloro Gasoso, Cloro Liquefeito
Fórmula Química: Cl2
Principais usos do produto:
• Tratamento de água
• Indústrias Químicas diversas
• Outros

COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES

IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS:
O Cloro Gás – Liquefeito é um irritante primário das vias respiratórias.

EFEITOS DO PRODUTO:
Rotas de Entrada no organismo: Inalação, pele e olhos.
Sistemas e Órgãos Afetados: Vias respiratórias, pele e olhos.
Irritações: Forte irritante das vias respiratórias, pele e olhos.
Capacidade de Sensibilização: Nenhum efeito é conhecido.
Efeitos na Reprodução: Nenhum efeito é conhecido.
Efeitos Carcinogênicos: Nenhum efeito é conhecido.

EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE HUMANA

Inalação: Tosse, irritação das mucosas, dor de cabeça, inquietação e sensação de sufocamento. Exposição a altas concentrações podem causar pneumonia e edema pulmonar.

Pele: Contato pode causar queimaduras e destruição de tecidos. O contato com o cloro gás pode causar queimaduras por congelamento, em decorrência da baixa temperatura.

Olhos: Altas concentrações no ar ou contato direto, podem causar queimaduras.

Ingestão: É muito pouco provável que haja ingestão de cloro. Acima dos limites de exposição estabelecidos, pode causar hipersecreção de mucosas e, tardiamente, redução da capacidade respiratória.

MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS

Sempre priorizar o atendimento aos efeitos causados pela inalação do produto.

INALAÇÃO:
Remover a vítima para ambiente com ar fresco, e mantê-la aquecida.
Caso haja dificuldade de respiração, administrar oxigênio úmido a 6 litros por minuto. A vítima deve ser colocada sentada, com ângulo de 45-60 entre o tórax e os membros inferiores.
Se a vítima parar de respirar, administrar respiração artificial.

OLHOS:
IMEDIATAMENTE lavar os olhos continuamente com um fluxo direto de água, por pelo menos 20 minutos. Durante a lavagem manter as pálpebras abertas para assegurar completa irrigação dos olhos e tecidos oculares. Lavar os olhos, poucos segundos após a exposição, é essencial para atingir a máxima eficiência.


INGESTÃO:
Nunca administrar qualquer substância, por via oral, a uma pessoa inconsciente.
Se o cloro for ingerido, NÃO PROVOCAR VÔMITO.

Em todos os casos é notório a intervenção médica imediatamente.

MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO

MEIOS DE EXTINÇÃO APROPRIADOS
Resfriar os recipientes expostos ao fogo, com água, desde que não haja vazamento.
Usar agentes extintores apropriados conforme a causa do incêndio.

PERIGOS ESPECÍFICOS
O cloro gás ou líquido não é inflamável e não é explosivo. Entretanto, como oxigênio, ele é capaz de manter combustão de certas substâncias. Reage explosivamente ou forma compostos explosivos com muitos produtos químicos tais como acetileno, terebentina, éter, amônia, hidrogênio e metais finalmente divididos.

MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO

PRECAUÇÕES PESSOAIS
O atendimento de vazamento só deve ser efetuado por pessoal treinado em manuseio de cloro gás.
- Evacuar do local o pessoal não envolvido no atendimento ã emergência.
Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos. Usar botas, roupas e luvas impermeáveis, óculos de segurança hermética para produtos químicos, proteção respiratória e roupa adequada.


MANUSEIO E ARMAZENAMENTO

MANUSEIO
Medidas técnicas
Prevenção da exposição do trabalhador. Gás irritante, tóxico, utilizar os equipamentos de proteção (EPI) adequados, para evitar o contato direto com o produto.
Prevenção de incêndio e explosão: Não inflamável, nem combustível.
Precauções para manuseio seguro: Use óculos químicos e respirador apropriado.
- Nunca trabalhe em sistema pressurizado.
Orientações para o manuseio seguro: Devem ser providas proteções completas para manuseio em carregamento do cloro gás.


ARMAZENAMENTO
Medidas técnicas apropriadas
Armazenagem: Depósitos apropriados.

Condições p/ armazenamento
Adequadas: Estocar em local ventilado, em cilindros de aço carbono sem costura, longe de óleos, graxas e outros combustíveis.
Prenda os cilindros na posição vertical para prevenir quedas.
Armazene em locais onde a temperatura não ultrapasse 52º C.
Armazene os cilindros cheios separados dos vazios.
Produtos e materiais incompatíveis: Ferro, cobre e algumas ligas, reagem espontaneamente.

EMBALAGENS SEGURAS PARA ARMAZENAMENTO
Recomendadas: Cilindros de aço carbono sem costura com isolação térmica.
Inadequadas: Não armazene ou transporte em materiais diferente do indicado acima.


INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS

Efeitos ambientais, comportamento e impactos do produto:
Impacto ambiental: Água. Toxidade moderada. Ar: Toxidez elevada.
Biodegadação: Produto inorgânico, não sujeito à biodegradação.


INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE

Regulamentações nacionais e internacionais:
ABICLOR / NBR: 13295 – Cloro Gás.

Terrestres: Decreto – Lei 96.044/88 – Ministério dos Transportes – Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

Produto classificado como perigoso para o transporte:
Cód. Risco: 268
No. ONU: 1017
Classe: 2.3`- Gás TóxicoNome apropriado para o embarque: Cloro Gás ou Cloro Liquefeito.
Grupo de embalagem:
Rótulo: risco à saúde (3), inflamabilidade (0), reatividade (1), corrosividade (3).

SIMBOLOGIA
tóxico

METANOL

Tipo de produto: Substância.
  
Nome químico comum ou genérico: Metanol.
  
Sinônimo: Álcool metílico; álcool de madeira; carbinol; monohidroximetano; espírito colonial; metil carbinol.
  

1. Identificação de Perigos

Perigos mais importantes:  Inflamável e tóxico.

2. Efeitos do produto  

- Efeitos adversos à saúde humana:         
    
Ingestão:  Mesmo  de  pequenas  quantidades  (30  a  100  ml)  pode  causar  cegueira  ou morte;  os  efeitos  de  doses  subletais  podem  ser  náuseas,  dores  de  cabeça, dores  abdominais,  vômitos  e  perturbações  visuais,  desde  visão  enevoada  à sensibilidade à luz.
    
Olhos:  Altas  concentrações  de  vapor  ou  contato  com  o  líquido  causam  irritação, lacrimejamento e queimaduras.
  
Pele:  Pode ser absorvido através da pele em quantidades tóxicas ou letais.
  
Inalação:  Inalação de concentrações altas: irritação das membranas mucosas, dores de cabeça,   sonolência,   náuseas,   vertigens,   cefaléias,   narcotismo,   fracasso respiratório,   pressão   baixa,   depressão   do   SNC (Sistema Nervoso Central),   confusão,   perda   de consciência, perturbações digestivas e visuais e morte.


3. Medidas de Primeiros Socorros

- Inalação:  Remova a vítima para local fresco e arejado. Se não estiver respirando fazer respiração  artificial.  Se  estiver  com  dificuldade  em  respirar,  administrar
oxigênio. Procurar auxílio médico.

- Contato com a pele:  Lavar  imediatamente  o  local  atingido  com  água  corrente  e  sabão  por  pelo menos 15 minutos. Procurar auxílio médico se a irritação persistir.

- Contato com os olhos:  Enxaguar os olhos com água limpa por pelo menos 15 minutos, levantando as pálpebras  algumas  vezes,  para  eliminar  quaisquer  resíduos  do  material. Procurar um oftalmologista.

- Ingestão: Não  induzir  o  vômito.  Se  a  vítima  estiver  consciente,  dar  água  para  beber. Procurar  auxílio  de 
um  médico.  Nunca    nada  via  oral  à  uma  pessoa inconsciente.  Combater  a  hipotensão;  a  hiper-ventilação  favorece  a  eliminação  do  álcool metílico e a correção da acidose. Manter a temperatura corpórea.


4. Medidas de Combate a Incêndios

  1. Meios de extinção apropriados:
  • Pequenos  incêndios:  extintor  de    químico,  água  pulverizada,  extrato  de espuma.
  • Grandes incêndios: água pulverizada, espuma tipo AFF(R) (com formação de película aquosa resistente ao álcool) com sistema de proporção de espuma de 3% ou 6%. Manter os outros tanques expostos ao fogo resfriados.

  1. Meio de extinção não apropriados: Evitar o uso de jato pleno de água direto para combater ao fogo.

Perigos específicos:  Liberação de CO, CO2 e possível gás de formol.

  1. Métodos especiais: Durante o combate ao fogo manter-se sempre que possível a favor do vento.
  • Evacuar a área;
  • Não ande  onde  houver  o  produto  entornado,  pois  pode  estar  inflamado  e invisível, devido a sua chama ser limpa e clara, praticamente invisível à luz do dia.;
  •  Usar vestuário de proteção adequado.



5. Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento

-Remoção de fontes de ignição:  Retirar  das  proximidades  fontes  de  ignição.  Usar  água  em  forma  de  neblina para evitar vapores.
    
- Controle de poeira: Controle de Poeira não aplicável. Pois a substância é líquida na temperatura ambiente.
    
- Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos: Promover uma ventilação adequada. Usar máscara panorâmica com filtro para vapores orgânicos.
Óculos de segurança tipo de ampla visão.

  • Métodos para limpeza  

- Recuperação:  As espumas resistentes ao álcool de fluorocarbonetos podem ser aplicadas na área de derrame para diminuir o vapor e, portanto os riscos de incêndio.
Recolha o líquido com bombas à prova de explosão.
Para pequenos derrames: ataque com absorventes não comestíveis.
Maximize a recolha de metanol, para reciclagem ou reutilização.

- Neutralização:  Diluir o produto com bastante água.
Disposição: Recolher o produto em recipiente para disposição posterior.


6. Manuseio e Armazenamento

  • Manuseio

- Medidas Técnicas:

Prevenção de incêndio e explosão
Dotar o sistema de estocagem com aterramento.
Instalar iluminação a prova de faísca/explosão.
Local ventilado
Embalagens fechadas

  • Armazenamento  

      Os  recipientes  devem  ser  colocados  no  chão.  Os  tanques  devem  ser aterrados. Sistema de controle de emissão de vapores é necessário. Instalar válvulas de pressão e vácuo, válvulas de segurança.
      Instalar  dique  de  contenção  com  sistema  de  drenagem  para  efluentes orgânicos e pára-raios.
  
- Condições de armazenamento  
  
Adequadas:  Manter o recipiente totalmente fechado.
Nas operações de carga e descarga, o recipiente deverá estar aterrado.
Estocar  em  local  termicamente  isolado  com  serpentina  de  água  fria  para
manter   a   temperatura   de   acordo   com   as   condições   de   pressão   do
reservatório.
  
A evitar:  Fontes de calor, faíscas ou chamas; oxidantes, ácidos e bases.
  
Produtos e materiais incompatíveis: Agentes oxidantes fortes, zinco, alumínio e magnésio.
  
ü  Materiais seguros para embalagens       
  
Recomendadas:  O  metanol  anidro  não  é  corrosivo  para  a  maior  parte  dos  metais  nas condições ambientes, exceto para o chumbo e magnésio.
Recomenda-se o aço maciço para a construção de recipientes.
  
Inadequadas:  Os   revestimentos   de   cobre   (ou   ligas   de   cobre),   zinco   (incluindo   aço galvanizado)  ou  alumínio,  não  são  indicados  para  armazenagem,  uma  vez que são corroídos lentamente.


ü  Medidas de controle de engenharia:        
Manter  o  local  com  ventilação/exaustão  local  ou  geral,  afim  de  manter  os
níveis de exposições dentro do limite de tolerância. 
  
  

7. Propriedades Físico-Químicas

Estado físico:  Líquido.
  
Cor:  Incolor.
  
Odor:  Característico (pungente).
  
pH:  Não disponível.
  
Temperaturas específicas nas quais ocorrem mudanças de estado físico           
   
- Ponto de ebulição:  64,5 ºC.
  
- Ponto de fusão:  -97,8 ºC a 760mmHg.
      
Temperatura de auto-ignição:  385 ºC.
  
Solubilidade:  Solubilidade Infinita em água.
 


8. Estabilidade e Reatividade

  • Condições específicas  
  
- Instabilidade:  Estável em condições normais.
  
- Reações perigosas: Reações  com  oxidantes,  ácidos  e  bases  fortes.  Deve  ser  mantido  em atmosfera mista com ar, pois forma mistura explosiva com água ou álcool.
  
  • Condições a evitar: Calor, chama, containeres abertos, e falta de ventilação.
  
9. SIMBOLOGIA
Tóxico
Inflamável

FORMALDEÍDO ESTABILIZADO 37%



Tipo de produto:  Substância.
  
Nome químico comum ou genérico: Metanal.
  
Sinônimo:  Formol, formalina, aldeído fórmico.


1. Identificação de Perigos

Perigos mais importantes:  Produto tóxico por inalação, ingestão e contato com a pele.
Produto corrosivo.

2. Efeitos do produto  

- Efeitos adversos à saúde humana:         
    
Ingestão:  Causa  vômitos  hemorrágicos,  dor  abdominal,  possível  choque  e  danos  aos rins ou morte.
    
Olhos:  Mesmo  em  baixas  concentrações  pode  resultar  em  risco  de  reação  alérgica (hipersensibilidade), e conjuntivite.
  
Pele:  Quando  em  contato  com  a  pele,  a  substância  causa  irritação.  Exposição prolongada  ou  frequente  causa  endurecimento  e  rachaduras,  resultando  em hipersensibilidade e aumento do risco de edema alérgico.
  
Inalação:  Causa  severa  irritação  do  trato  respiratório,  queimadura  nas  mucosas, dificuldade de respiração.

- Efeitos ambientais: Tóxico  para  organismos  aquáticos  e  animais  terrestres.  Pode  causar  efeitos prejudiciais   em   longo   prazo   no   meio   ambiente.   Não   degradável   e bioacumulativo no meio ambiente.

- Perigos físicos e químicos:  Corrosivo.

Perigos específicos:  Líquido corrosivo.


3. Medidas de Primeiros Socorros
 
- Inalação:  Levar  a  vítima  para  local  arejado  e  se,  necessário,  administrar  oxigênio  ou respiração artificial. Procurar auxílio médico.

- Contato com a pele:  Retirar as roupas contaminadas e posteriormente lavar-se com água e sabão.

- Contato com os olhos:  Enxaguar  os  olhos  com  água  corrente  em  abundância  por  15  minutos, levantando as pálpebras ocasionalmente.

- Ingestão:  Não induzir o vômito.


4. Medidas de Combate a Incêndios

Meios de extinção apropriados:  Pó químico seco, CO2, espuma tipo AFFF ou spray d’água.

Perigos específicos:  Sob aquecimento elimina gases perigosos.

Métodos especiais:  Em  incêndio  de  grandes  proporções  é  recomendado  o  uso  de  espuma  para álcool e resfriamento com neblina de água. O pessoal envolvido no combate ao incêndio  deve  utilizar  equipamento  autônomo  de  respiração  e  vestimenta  de proteção completa.

Proteção dos bombeiros:  Usar EPI’s apropriados.
Usar respiradores de proteção facial e operar com pressão positiva.



5. Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento
   
Remoção de fontes de ignição.
Retirar curiosos e impedir o fumo no local.
    
- Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos:
Proteger  pele  e  olhos  do  contato  do  líquido.  Evitar  inalação  dos  vapores
(permanecer a favor do vento). Utilizar os equipamentos de proteção individual
recomendados.

Precauções para o meio ambiente:  Evitar que o produto atinja cursos d’água e a drenagem do solo.

Métodos para limpeza  

- Neutralização:  Confinar  o  vazamento,  absorvendo  com  areia  ou  outro  material  absorvente não combustível.

- Disposição:  Coletar em recipientes devidamente identificados para posterior remoção.

- Prevenção de perigos secundários:    
  Embalagens  não  podem  ser  reutilizadas.  As  embalagens  devem  ser  limpas
antes  do  descarte.  Se  o  vazamento  ou  derramamento  ocorre  em  ambientes
fechados, deve-se promover a exaustão e ventilação.



 6. Manuseio e Armazenamento

  • Manuseio
  
Prevenção da exposição  do trabalhador:
Evitar o manuseio por pessoa não informada sobre o produto e as condições e uso de segurança em situações de emergência.
Remover  do  local  de  uso,  qualquer  trabalhador  que  apresente  sensibilidade
excessiva. Não fumar. Utilizar EPI’s adequados.

Prevenção de incêndio e explosão:        Ter  cuidado  com  chamas,  faíscas  e  solda.  Prevenir  a  formação  de  faíscas resultantes de eletricidade estática (aterrar equipamentos).

Precauções para manuseio seguro:       Utilizar os EPI’s adequados, conforme indicados na seção 8.
  
- Orientações para manuseio seguro:       Não  comer,  beber  ou  fumar  na  área  de  trabalho.  Usar  os  EPI’s  indicados.
Manter  o  local  bem  ventilado.  Manter  as  embalagens  sempre  bem  fechadas
quando não estiverem sendo usadas.


  • Armazenamento  
  
- Medidas técnicas apropriadas:  Armazenar em área fresca e bem ventilada.
  
- Condições de armazenamento  
  
Adequadas:  Armazenar em compartimentos isolados, tampados.
  
A evitar:  Armazenar o produto próximo a agentes oxidantes e materiais alcalinos.
  
Produtos e materiais incompatíveis:      Agentes oxidantes e materiais alcalinos.
  
- Materiais seguros para embalagens       
  
Recomendadas:  Bombonas plásticas em tonalidade escuras, tambores revestidos com liner de polietileno e tanques de inox (304 ou 316).
 


7. Propriedades Físico-Químicas

Estado físico:  Líquido.
  
Cor:  Incolor.
  
Odor:  Característico e irritante.
  
pH:  2,5 a 4,0.
  
Temperaturas específicas nas quais ocorrem mudanças de estado físico           
  
- Ponto de ebulição:  96 a 100 ºC.
  
   Ponto de fulgor:  80 ºC.
  
Temperatura de auto-ignição:  430 ºC.
  
Limites de explosividade  
  
- Inferior (LEI):  7%.
  
- Superior (LES):  73%
  
Solubilidade:  Solúvel em água. Álcool, acetona e éter.
  


8. Informações Sobre Transporte

Regulamentações nacionais e internacionais
  
Terrestre:  PP8 - ADR – GGVE/GGVS – RID
  
N.º ONU:  2209
  
Classe de risco:  8
  
N.º de risco:  80
  
Grupo de embalagem:  III
  
Nome apropriado para embarque:  Solução de formaldeído.



9. Regulamentações

Informações sobre riscos e segurança:  NFPA
Saúde: 3
Inflamabilidade: 2
Reatividade: 2
    Regulamentação de transporte terrestre de produtos perigosos - Ministério dos Transportes
    Portaria 3214 do Ministério do Trabalho
    Normas Regulamentadoras - NR’s
    OSHA, ACGIH


10. SIMBOLOGIA

 F: inflamável.
T: tóxico